Saudades...

Pois é minha gente... Sempre que leio qualquer coisa num qualquer blog, lembro-me sempre deste e de há quanto tempo não digo nada. Penso sempre para mim mesmo que está na hora de escrever, mas nunca há tempo para isso, ainda por cima tendo em conta a quantidade de coisas que ficaram por dizer com todo o tempo que passou.

Relativamente ao post anterior, para que fique registado, matei-me a estudar nos dias seguintes, com uma viagem para os states pelo meio e uma casa nova onde me instalar, mas compensou o esforço tendo em conta que deixei para trás esta etapa importante e decisiva. Especialmente depois disto, qualquer pessoa se sente muito melhor dentro daquele edifício castanho onde muitas cabeças (e computadores) se esforçam diariamente para desenvolver a Matemática, para ultrapassar barreiras nunca antes transpostas, e que, apesar de meter medo a alguns por fora, guarda um valor incalculável no seu interior. Cada vez mais a minha casa, ainda por cima tendo em conta que na semana passada arranjámos um frigorífico e micro-ondas para o nosso gabinete. Prometo no entanto que não tenciono arranjar saco-de-cama para lá, só para que fiquem descansados.

Nada mais posso dizer, que amanhã jogamos futebol ás 9 da manhã, curiosamente contra uma equipa chamada "Spain". Depois dos 4 a 0 de quarta, vou claramente equipado com a minha camisola da seleção :)

Ai a minha vida!!!

Pois pois... passa o tempo e dou por mim com apenas mais 9 dias para "gozar" em Portugal. E "gozar", só se for comigo e com a minha desgraça: basta fazer as contas para descobrir que só faltam 16 dias para uma(s) das grandes provas daquele programa em que me meti. Como era o único português por lá (mas não por muito tempo), aposto que fui o último a começar a preparar-me a sério para aquilo. Após 2 horitas de estudo (mais umas 4 horas para um copito em Vagos, o que faz uma boa proporção), estou ainda em estado de choque após ter percebido que talvez necessitasse, para me preparar devidamente, do dobro do tempo de que disponho. Melhor mesmo é nem juntar às contas os planos que tinha feito para os próximos dias. Daqui a menos de um mês terão novidades sobre tudo isto sendo que, segundo várias ciências (física, biologia, ...), dificilmente serão boas.

P.S.: Já se questionaram sobre o porquê de ter voltado a escrever??

O meu Verão vai ser...

Finalmente escrevo. Ultimamente tenho-me questionado sobre o porquê de não ter escrito nada nos últimos tempos. Uma conclusão bastante óbvia é por terem acabado os exames e, com isso, passar menos tempo na Internet e, além disso, a minha mente não estar constantemente à procura de coisas com que se distrair. Como agora volta quase tudo a apontar para o estudo, cá estou eu a tentar adiá-lo mais um pouco. É como aquela típica vontade de ir à casa de banho que nos dá sempre que nos sentamos e começamos a estudar (e depois outra pausa para buscar um copo de água e umas bolachas e, com sorte, pode ser que pelo caminho ninguém tenha a TV ligada, senão... lá se foi o estudo).

Como ando com pouca paciência para fotos (um dia cairão no facebook), vou simplesmente descrever um pouco como correram estes últimos dias. Para quem não sabe, já cheguei a Portugal. O meu último exame teve data de entrega no dia 17 de Maio. Depois disso, como tinha amigos a visitar-me em Nova Iorque, deu para ocupar os dias, nomeadamente com uma viagem à Flórida e a Boston. Em South Beach, o único sítio onde fiz praia até agora neste ano, tive uma estadia curta (3 dias), mas mesmo assim espectacular. Afinal, quem não se lembra do GTA Vice City?? Depois, Everglades (saber mais) e Key West (saber mais, e mais, e mais ainda). De facto, foram locais maravilhosos e únicos no mundo, que merecem uma nova visita para o ano (quem sabe...). Maravilhoso foi também ter ido nesta altura do ano, antes dos furacões e da maré negra. Após estes dias intensos, soube bem passar por Orlando, onde apanhámos a festa dos Magics (2-3), e por Boston, onde apanhámos a festa dos Celtics (4-2). Registo também para o conceito Low Cost nos Estados Unidos, raramente presente nos aviões, mas bem presente nos autocarros: viajei de Boston para Nova Iorque por $5.50.

Claro que não tive tempo de recuperar desta viagem, com uma ida à casa de praia de uns tios meus e... (agora já posso dizer!) a chegada da Joana Bragueira (mais a Raquel de Guimarães). Tivemos que esperar 2 dias até podermos encontrar o Flávio (no mesmo dia em que voltei ao Santuário), mas valeu a pena a espera. Vou deixar aos intervenientes a tarefa de relatar o encontro em primeira mão (era surpresa para ele). Apenas vos posso garantir que não houve ataques cardíacos. No dia anterior ao Flávio, fomos também ver um jogo dos Yankees. Apesar de termos estado a assar ao sol, foi útil para perceber as regras do basebol. Já com o rapaz, neste domingo, fomos ver o show Chicago na Broadway. Com tudo isto, posso dizer que não vim da cidade sem ter feito as coisas mais importantes. Só me faltam os museus (que ainda não vi nenhum), mas tempo no futuro não faltará para essas coisas.

No meio disto tudo, teve também que haver tempo para mudar-me de casa (já tenho as tralhas quase todas em Brooklyn). Para Portugal, está reservado muito estudo (um trabalho por fazer e preparação para exames importantes, entre outras coisas) e esperemos que um pouco de férias (é que aquilo na Flórida foi muito cansativo...). E a ver se fazemos boa figura na África do Sul. Por falar nisso, por ignorância comprei uma viagem de avião para a mesma hora que Portugal joga com a Costa do Marfim. Estou ainda a ver se arranjo forma de ver o jogo umas horas depois (e de ninguém me dizer o resultado - se passar mais de um dia sem ir ao facebook, é sinal que ainda não consegui ver o jogo). Se houver boas sugestões, são bem-vindas!

Estou mesmo com vontade de estudar...

Ao olhar para a rua pela janela do gabinete, e para as obras que insistentemente continuam à entrada do nosso edifício, lembrei-me daquilo que vi na semana passada: Um camião betoneira todo amarelo com o escudo da bandeira de portugal gravado na misturadora (aquela coisa que roda) a fornecer cimento para estes meninos que, segundo anunciam, terminam as obras no próximo mês. Mais parvo fiquei quando descobri o site deles e umas determinadas fotos. Eis o link (têm que descer até ao fundo da página). Escuso-me a comentar.

E depois do Yoga...

Depois de suar que nem um cavalo, já tenho a resposta para alguns mitos:
Devem estar a brincar comigo... Aquilo é mesmo exercício físico?
Parece que sim. Basicamente é uma sessão de alongamentos durante uma hora onde, idealmente, se procura simultaneamente forçar e esticar os músculos (quanto menos equilíbrio a pessoa tiver, mais terá que forçar).
Há rapazes a fazer isso?
Sim, e sem calções de licra!!! Na minha sala, em 25 pessoas (mais ou menos), havia uns 6 ou 7 rapazes, uns dois deles em tronco nu (cá para mim são pagos para as salas ficarem cheias).
E as pessoas suam mesmo?
Como já referi, suei que nem um cavalo. Felizmente que trouxe uma toalhina (acho que fui o único com toalha). As outras pessoas suaram na generalidade. Na verdade, isto do suor soa-me mais a mito, pois o segredo está em desligar o ar condicionado para as pessoas sentirem mesmo que estão a exercitar. Eu vou apanhá-los um dia!!!
Que tal as moças lá?
Bem... apenas raparigas normais, com menos roupa que o normal mas, ainda assim, raparigas normais. Uma coisa boa, sem dúvida, é não haver gordas por perto.
E aquilo que dizem das professoras de yoga, é mesmo verdade?
Depende daquilo que se diz sobre elas (eu sei lá o que se diz por aí sobre as profs de yoga...). O que posso dizer é que usam pouca roupa, dominam aquilo e de certa forma acabam por ser uns seres humanos muito peculiares (ou então sabem muito sobre coisas que poucas pessoas sabem). Pode ser que fora das aulas sejam pessoas normais. Ah... também há professores de yoga (disseram-me).

Para terminar, foi uma experiência positiva e conto repetir na próxima semana (e mais vezes). Não sei se é realmente útil, mas não acredito que me faça mal.

Raios partam este exame!!

Pelo meio de um exame (take home) que me tem moído os miolos, e assim continuará até esta quarta ao meio-dia, sempre consegui arranjar um abrigo para o próximo ano (e onde podemos fazer festas!!!). Pagarei pouco mais de metade da renda que pago actualmente e ficarei a viver no meio de Brooklyn, com mais três pessoas espectaculares (Evan, Eduardo e Sinziana). Não tão bom é o facto de ter os dias contados nessa casa, já que no verão de 2011 regressa o dono inicial do tal quarto. Qualquer coisa se há de arranjar...

Descobri também que ontem aconteceu o "Five Boro Bike Tour". Para quem não sabe o que é, recomendo este vídeo da edição do ano passado. E este ano foi de certeza muito melhor, porque esteve um tempo excelente. Fiquei triste por não poder ter participado (só soube demasiado tarde, tipo ontem à noite; mas de madrugada desconfiei porque vi muita gente de bicicleta no subway; em todo o caso, as inscrições acabavam tipo em março), mas no próximo ano lá estarei!!

Ah... esta quarta (depois de despachar o exame) sou capaz de ir fazer yoga pela primeira vez. Vou ver se não me desmancho todo. Wish me good luck!!!

Quase no fim

E parece que começou ontem!! Realmente, só me restam 6 dias de aulas (e terminar um tpc, mais um take home exam, um exame oral e sabe-se lá mais o quê). Para já não estou aliviado de trabalho, muito pelo contrário, mas quer dizer... é sexta-feira e realmente trabalhar neste momento não é comigo. Hoje até estou predisposto a deitar-me antes da meia-noite, que amanhã vou passar a manhã a limpar um parque em Brooklyn. É para aprender a não andar de bicicleta nos passeios e em contramão!! Por falar em bicicleta, hoje ao fim da tarde/início de noite decidi sair da universidade em direcção ao Hudson e seguir sempre pelo rio, passando por Downtown, até chegar à minha casa (lado Este de Manhattan). Deu para ver o WTC um pouco mais avançado na construção. Parece-me que é uma experiência para repetir.

Não há espaço para descrever todas as experiências magníficas que tenho vivido por cá e as amizades que começam a surgir. Realço o fim-de-semana passado com 3 festas que valeram realmente a pena. Uma delas foi num lugar espectacular desta cidade (à noite, uma paisagem de cortar a respiração) com um monte de novos amigos. Estará por lá a minha casa de sonho?? No fim não me lembro bem como regressei a casa (dias intensos geram cansaço hehehe), mas isso é outra história.

Ainda relativamente ao passado fim-de-semana, refiro o dia 17 de Abril e a um artigo curioso que li num blog que consulto com regularidade. Como de esperar, os acontecimentos históricos podem ser vistos segundo muitas perspectivas e esta é uma inédita para mim, algo afastada da "oficial" por parte da AAC. Deu para mim uma imagem muito diferente não dos acontecimentos relevantes, mas dos estudantes daquele tempo. Quando li pela primeira vez, a primeira coisa que procurei no meio das palavras era "Departamento de Matemática"; para minha desilusão, não encontrei uma única referência a este lindo edifício (a não ser simplesmente como "um novo edifício"). É de estranhar, pois não há grande razão para o pessoal de letras (no qual a autora se inclui) detestarem este departamento ao ponto de não o mencionarem pelo nome num relato sobre o 17 de Abril. Sobre as festas nos jardins da associação em Junho (tempo de exames), talvez agora não se afastem muito do relatado, se bem que mesmo assim os alunos vão aos exames, ao contrário dessa época. Agora que consigo ver as coisas noutra perspectiva (ambiente diferente, valores diferentes), considero que é problemático quando os jardins da associação estão quase cheios (e até altas horas) numa terça ou quarta à noite, considerando que muitas dessas pessoas estarão lá novamente na quinta. Com isto também faço mea culpa, mas a verdade é que tais pessoas poderiam estar de certeza a ocupar esse tempo de forma mais útil, ou então é sinal que a universidade subaproveita os estudantes que tem. Sou claramente a favor de 1 ou 2 saídas por semana (fim-de-semana incluído) e de queimas (porque merecemos!!!). Sou contra quando o quotidiano e o ambiente em redor dos estudantes os põem em noitadas enquanto sentirem que têm tempo para estudar/trabalhar o mínimo exigível. O problema é que muitas vezes os estudantes calculam mal esse mínimo (e depois vem o pensamento: afinal fiz mal em ter saído naquela noite, pensava que não ia demorar tanto a estudar isto... frequentemente aliado a um espírito a meu ver desprezível de lamentação por o exame ter sido difícil e o prof querer tramar os alunos - A demanda por parte dos alunos de níveis de exigência baixos é o pior que pode existir numa universidade!! - infelizmente há muitos que pensam e continuarão a pensar assim). Muitas mais coisas podem ser ditas, mas isto é um blog para ser lido e não uma dissertação para ficar numa qualquer gaveta. Recomendo a leitura do artigo mencionado (que, ao contrário deste blog, não faz comentários depreciativos sobre as noitadas em excesso)

Antes que chegue a meia-noite, gostava de acrestentar que no domingo conto visitar 1 ou 2 museus (Cloisters e talvez Metropolitan Museum of Art). Espero que valha a pena a minha primeira ida a um museu cá na cidade (sem contar com Estátua da Liberdade e Ellis Island). Se me puderem indicar (sim, tu que estás a ler!) coisas interessantes que deveria procurar ver nesses museus, seriam uns bacanos.

Mais uma história que gostaria de contar (e talvez fotos para colocar), mas vou tentar cumprir a meia-noite, okay?

escrita à pressão no fim das aulas e sem direito a fotos, que o meu telemóvel não é todo xpto

Hoje tive uma visão! a minha vida mudou! (quer dizer... foi um dia normalíssimo e provavelmente mudou tanto quanto nos outros dias).
Além de ter cortado a barba, aconteceu outra coisa que requer uma certa contextualização para se entender. No passado fim-de-semana vi "O Padrinho" II e III (e vi parte do I porque já não me lembrava como tinha acabado), nos quais há muitas cenas de pessoas a serem assassinadas nesta cidade. Hoje estava eu na minha corrida matinal junto ao rio e tropeço (a sério, não tropecei! o que aconteceu foi só com os olhos, ok?) numa poça de sangue junto ao rio. Obviamente, pensei logo que, com a crise, deve ter havido alguns estudantes universitários que, à moda antiga e com a bebedeira, assaltaram a capoeira do vizinho (em Manhattan) e levaram-lhe uma ou 2 galinhas para as matar junto ao rio (para ninguém ver) e depois as comer. Agora que penso melhor no assunto, como esta cidade está cheia de chinocas, devem ter apanhado um cão vadio e como estavam cheios de fome, lá foi o animal... provavelmente foi isso...

Tive também outra visão durante essa corrida (para lá das raparigas que também correm), mas que tem mais piada com uma foto, por isso, esperem sentados que um dia hei-de correr com uma máquina fotográfica no bolso... Só um cheirinho: está relacionado com um episódio do Seinfeld (com o Kramer, para variar).

ai o tempo

pois... passou muito tempo mesmo. Felizmente os do facebook ainda vão tendo algumas novidades, pois escrever baboseiras por lá é bem mais fácil do que no formato mais formal de um blog. Se calhar não pude escrever antes precisamente por ter muito para contar, e agora finalmente falo da forma como ocupei o tempo que não tive para escrever.

Se bem se recordam (ou podem ler caso não se recordem), estava a caminho de ver o meu primeiro jogo dos Knicks no Madison Square Garden (naquele dia depois de ter sido o tal concerto dos Muse), jogo no qual apanhámos coça dos Nets (últimos classificados). Podiamos ter ganho caso tivéssemos acertado metade dos imensos lances falhados, mas enfim... Foi um bom momento de convívio com a minha prima Joana e o Steve. Nesse mesmo fim-de-semana, finalmente a minha primeira visita a downtown. Era um domingo de manhã e estava demasiado calmo para o meu gosto. Pude finalmente encontrar ruas mais estreitas (tipo da largura da minha rua na gafanha) e vedadas ao trânsito o que, sem contar com a broadway em times square, não sabia que existiam nesta cidade. Também pudémos dar um saltinho ao Tom's Restaurant e ver pela (minha) primeira vez o Central Park. Também houve tempo para me perder numa apple store e numa outra zona à procura de vinho. Nessa segunda a ida aos Knicks foi mais emocionante já que o adversário era melhor e os próprios knicks melhores ainda, já que estiveram quase sempre à frente no marcador e terminaram o jogo na dúvida 99-98 ou 99-100, já que os adversários (Hawks) marcaram ao som da buzina. A decisão final da equipa de arbitragem baseou-se em imagens televisivas e no rigor com que as regras são criadas para essas situações (vão ao décimo de segundo), resultanto na invalidação do lançamento e consequente vitória dos knicks. Nestas coisas, estão muito mais à frente que o futebol.

Essa semana que se seguiu foi marcada pela decisão à última da hora (e consequente concretização) da minha visita a Portugal durante o Spring Break. Muita gente foi apanhada de surpresa (acho eu, mas a ideia era mesmo essa) e outras pessoas, muito por causa da falta de tempo, nem chegaram a ter a surpresa. Até para mim foi uma suspresa... para se ter a noção, decidi e comprei os bilhetes menos de 4 dias antes de viajar. Estava ainda em choque algumas horas depois de ter feito a compra. Passada a viagem, penso que fez bem, um lado porque deu para reencontrar amigos e familiares. Por outro lado, foi uma forma de voltar a meter os pés em terra (já que dizem que as américas se mexem 1 cm por ano em relação à europa e para mim a europa continua a ser a terra firme, enquanto as américas não são mais que um barco. gostaram da metáfora??) e conseguir ver a minha nova vida de uma outra perspectiva, pois acredito que isso me ajuda a encarar o que está para a frente de uma forma ligeiramente diferente. As únicas partes negativas da viagem (também tenho que falar nisto, não é?) foram ter perdido o St. Patrick's day (tipo o cortejo da queima cá do sítio, com uns trajes verdes e possivelmente mais criativos) com os seus dias de Sol e não ter trabalhado nada. Do que fiz por Portugal, destaco uma pequena noite em Coimbra, a visita ao Emanuel em Lisboa com o jogo Sbording vs Atlético Madrid, um saltinho a Madrid (onde apanhei um pica no metro do porto) e uma festa com alguns familiares. Quanto à maçada das viagens, para Portugal viagei à noite mas não consegui dormir nada. No regresso foi de dia mas com o sono que tinha, tinha mesmo que dormir (os filmes eram os mesmos que os do voo uma semana antes...). Registo para a cortesia nula da pessoa que me fez o Check-in: na TAP tenho direito a trasportar 2 malas de porão com 23 kg cada; trazia apenas uma mala, mas que pesava 26 kg; ela queria cobrar-me taxas por excesso de peso, ao que lhe expliquei que tinha direito a 2 malas, ao que ela me obrigou a separar tudo em 2 malas para evitar pagar taxa. À chegada, quando estava quase em NYC (no comboio), apercebi-me que a minha querida mala tinha sido violada, já que o cadeado se tinha sumido. Felizmente, não tocaram em nenhuma das 6 garrafas de porto que trazia, nem nos 3 litros de azeite. Se podiam ter feito as coisas de outra maneira? Podiam, mas não era a mesma coisa.

De volta à city, para lá de andar atolado em trabalho, comprei uma bicicleta no fim-de-semana passado. Só tenho ainda uma foto dela. Tem bom aspecto, mas creio que está a necessitar de alguma lubrificação. Parece que tenho que investir nessas pequenas coisas. Até agora, apesar do trânsito selvagem desta cidade e dos conselhos do PhD comics (não encontrei o link adequado), prevalece a natureza gafanhoa da minha existência, pelo que não arranjei capacete ainda.

Já tenho alguns projectos para a nossa vida a dois. O Google Maps também tem dado uma ajuda, com uma funcionalidade que está activa em Nova Iorque (e arredores). Um dos projectos é ir com ela até à praia (nem que depois tenha que regressar de subway). Vamos ver se sou capaz...

Mais recentemente, foi a Páscoa (sabiam?) e a minha primeira aula a uma Sexta-feira Santa. Contudo, a aula foi agradável, bem como o dia de Páscoa que, apesar da missa ter estado super-cheia e com um calor que não se podia, compensou pelo agradável convívio com familiares pela tarde fora (& aniversário da Eugénia).

Para finalizar, vou começar a utilizar as bibliotecas públicas para ver se leio alguns livros em inglês e vou ver se escrevo mais vezes e com coisas giras (como de costume).

Muita coisa

Boas minha gente! Finalmente arranjei tempo para escrever mais qualquer coisa. Para que não perdessem nada, tinha feito uma lista de coisas potencialmente interessantes para botar aqui:
- Finalmente tenho dinheiro
- Quarta n fui desfazer o mito, mas na sexta o leite estava 20 cents mais barato
- Nevou pa catano na sexta. Raio do banco...
- Esqui com todas as confusões
- Dar (ou não) sangue
- Bares fantásticos de sexta à noite
- Tempo comó catano a procurar luvas q n fossem de mulher
- Vou começar a jogar basket
- armado em parvo fui votar no hiking

Pois... andei algum tempo com pouco ou nenhum dinheiro, principalmente por causa das borucracias/incompetências dos bancos e alguns atrasos na universidade. Agora já posso comprar um montão de inutilidades, assim que tiver tempo pra isso.

Penso que vos tinha dito q ia dar sangue ou qualquer coisa do género, mas parece que, para eles, os europeus têm um líquido estranho nas veias, que talvez seja sangue, mas é capaz de não ser... FUI RECUSADO!!! Bem... mas tive direito a um sumo e podia ter comido/bebido mais se quisesse (mas, sinceramente, não me apetecia - ainda estava dentro do período de 4 horas após sair do dining hall em que qualquer pessoa perde qualquer fome que tinha ou que poderá vir a ter). Para não ser bombardeado com perguntas ou o tipo de comentários a dizer que os américas são uns burros, parece que há qualquer coisa com a carne europeia e que eles desconfiam. Só deixarão de desconfiar quando os testes ao sangue de muitas pessoas refutar essa ideia.

Pois.. na sexta-feira passada (não ontem) nevou pra catano cá na zona e a universidade fechou (se bem que nunca temos aulas à sexta-feira..) e, infelizmente, os balcões do banco também estavam fechados. Pior que isso, não havia nenhum aviso à entrada a dizer se havia alternativas ou não. Foi mesmo caso para ficar chateado com eles, num dia em que tinha uma coisa urgente para tratar com eles e havia neve e água por todo o lado (porque andei mesmo às voltas à procura de outros balcões!!). Acabei por fazer o que tinha que fazer no dia seguinte, já que cá os bancos estão abertos ao sábado. Só acrescentar que foi provavelmente o dia em que nevou mais este ano, mas que já estou tão farto da neve que nem fotos tirei.

E nesse mesmo dia fui sair à noite lá cos meus amigos alemães e até foi bom, na medida em que todas as cervejas q bebi nessa noite (não nesse dia) foram a 3 dólares cada. E fiquei muito contente com os bares que conheci. Já agora, para mencionar que durante a tarde estive em conexão com um montão de pessoal a jantar em roma. Ficou uma linda foto para recordação.

No sábado, fui finalmente gastar algum dinheiro a comprar coisas que realmente necessito. De referir que andei mesmo muito tempo a correr uma loja de um lado para o outro à procura de luvas que não me parecessem femininas. Acabei por trazer as menos femininas possíveis. Quando cheguei a casa, descobri que o chinês de lá de casa tem umas iguais às que comprei (mas cor diferente). Se calhar eu estava mesmo esquisito nesse momento.

No domingo, finalmente fui esquiar! Fora ter-me levantado às 5h da matina para só entrar para a neve ao meio-dia e meia, muito por causa da fila enorme para o aluguer de esquis (umas 2 horinhas), até foi bastante bom. Talvez tenha nascido aqui uma paixão (espero que não me saia muito caro). Foi giro aprender a esquiar e desviar-me das muitas pessoas que lá foram nesse dia (tinha nevado muito recentemente e o pessoal andava apanhado pelos malditos jogos olímpicos), mas foi mais chato não ter companhia para o meu ritmo e então apanhava sempre desconhecidos no teleférico e bom... conversas estranhas ou de circunstância, lá iamos subindo.

Lançaram uma votação há uns dias (os mesmos que organizaram a ida ao esqui) sobre qual das actividades preferiamos para os próximos tempos. Armado em parvo, votei numa caminhada no monte em vez de ir novamente ao esqui. Agora, não sei o que me deu na cabeça, mas como era uma coisa diferente e muito mais barata, puxou-me para isso. Enfim... lá veremos o que escolhem.

E alguns colegas de departamento costumam ir jogar basket todas as terças, e acho duas coisas: acho que vou começar a ir com eles e acho também que pode haver alguém interessado em saber isto. Nunca se sabe...

Mais recentemente, está cá o meu amigo Afonso de visita às universidades e, para já, está maravilhado com a minha. Pode ser que fique por cá. Estou agora na universidade (a um sábado??) e daqui a uma horinhas vou ver o NJ Nets vs NY Knicks ao Madison Square Garden com a prima Joana e o Steve. Espero que o facto de eu vos informar antes do tempo não seja razão para aparecer alguma bomba por lá. E amanhã vou finalmente visitar a cidade a sério (tipo central park, downtown, ver o rio, tirar fotos, comer em sítios diferentes, outra vez nações unidas, times square, ver pontes, comprar coisas giras, mais outras coisas que vos possam fazer inveja...) e jantar ao som e imagem da cerimónia dos óscares (apesar de não ter visto nenhum dos filmes nomeados). E na segunda vou ver os knicks outra vez!

Nunca sei como terminar, nem como começar, mas vou acabar de escrever assim que aparecer um ponto final.

Cheira a Primavera?

Ainda não.. mas hoje estive a contar as semanas que faltam para o Spring Break. Estou agora a pensar que o tempo vai passar mesmo rápido (para o bem e para o mal).

Esta semanita foi tranquilita entre a minha casita e a universidadezita. Coisas novas... Acabou-se o stock de cereais cá em casa! Agora é pão com leite! E quando fui comprar o pão mais o leite, decidi tentar um super (do estilo Pingo Doce) que é mesmo mais barato. Como não há bela sem senão, é tão barato que mal se entra no supermercado já se está na fila para pagar (a fila dá a volta aquela cena toda), isto quando a fila não começa do lado de fora do supermercado, de pessoas para entrar. A solução é, naturalmente, ir lá ao início ou ao fim do dia. Segundo me disseram, esta próxima quarta-feira são as promoções mensais dessa loja e corre o mito que, sempre que isso acontece, ao fim do dia todas as prateleiras ficam vazias. Existirão certamente mais mitos sobre esse dia (desde que não haja mortes...). Talvez lá irei para comprovar (já que o Bruno Aleixo não tem resposta para este).

E na sexta-feira, nada melhor que festejar o aniversário da minha mana do que ir jantar ao restaurante onde trabalha o Flávio! Claro que o homem estava de serviço, mas mesmo assim deu-nos muita atenção e deu para no final falarmos mais um pouquito. A comida era bastante boa (o vinho também) e o espaço era muito animado, com muita malta graúda a dançar com a música. Um sítio que recomendo a quem cá vier aos states. Já chega de publicidade, que ele só nos pagou o vinho... Na vinda, ainda deu para tirar mais algumas fotos, das quais destaco a magnífica obra de arte presente neste post (à noite não se dê o tal ponto hehehe).

De resto, só referir que este foi o primeiro domingo em que, durante o dia, consegui estudar qualquer coisa. Ah.. Esta semana, não sei bem em que dia, comi meia batata cozida (das graúdas e com queijo por cima)!! E as cantinas nunca têm peixe.. Nestes dias da quaresma, tem sido só feijão verde com arroz.

Outra coisa: parece que há contracorrentes nesta coisa da Quaresma e dos sacrifícios. Cá nos Estados Unidos, parece que os padres andam a dizer aos jovens para se privarem dos ipods nos próximos tempos, como forma de sacrifício e, talvez, meter um pouco os pés na terra. Em Portugal, lançam o Passo-A-Rezar, para o qual um ipod dá muito jeito.

mais uma semanita de frio

Sim, para mim é frio! Sobre o que se tem passado.. No sábado da passada semana fui a primeira vez a Brooklyn a uma festa em casa de amigos. Foi interessante, passámos o tempo à conversa e à porrada na wii. Depois, fiz das piores viagens da minha vida até Manhattan (não há casas de banho no metro). Lá, após procurar um pouco, lá entrámos num bar decente onde deu para beber e aliviar a tensão. Saídos do bar, cada um foi pra seu lado. O meu lado foi o Este... até debaixo da Williamsburg bridge aliviar novamente a tensão. Aquela zona supostamente está fechada para obras, mas a minha pessoa cabia entre os portões, e lá fui para debaixo da ponte e para um lindo passeio junto ao rio. Entre cantorias (ninguém me ouvia) e pensamentos do género Ora bolas! Devia ter trazido a fotográfica! fui caminhando sobre a pouca neve que tinha caído na noite anterior e mais ninguém tinha calcado (até é uma sensação gira quando se está nesta cidade) até o caminho ficar completamente bloqueado por uma rede (devia ser o fim da zona de obras). Deu para passar por debaixo dela, e lá segui. Mais perto de casa, encontrei a primeira rotunda (e até agora única) que vi nos Estados Unidos. Bem ou mal (que frio estava!!), cheguei a casa.

Esta semana não trouxe muito de novo. Na segunda houve o primeiro colóquio do Spring term, onde veio falar (muito rápido) um de Berkeley. Na terça descobri que afinal já consigo imprimir coisas no departamento. Na quarta resolvi completamente o mais extenso e difícil TPC que era para entregar em meia-hora até que, depois de o imprimir, sou informado que não haverá aulas durante a tarde, o que resulta em que o trabalho só será entregue 2 semanas depois (nesta próxima semana o prof. não está). A razão de não haver aulas está na forte tempestade que invadiu a região, resultando numa camada de neve que em algumas partes da cidade ultrapassava os 30 centímetros. Pois é: tenho algumas fotos!!

A partir de quinta, comecei-me a chatear com a neve e principalmente com algumas poças de água que, com a camada de gelo que tinham em cima a boiar, requerem muita atenção para não serem calcadas. Foi também o dia em que fui, pela primeira vez, ao ginásio. Perdi-me lá dentro, mas gostei da experiência. Vou ver se lá vou com regularidade...

Ontem, além de ter sido dos pouquíssimos dias que, apesar de passados em casa, incluíram almoço e jantar, fui a uma festa de carnaval num bar alemão. O problema foi chegar lá. Não me lembrava do nome do bar nem em que rua ficava. Só sabia a zona. Além disso, não tinha o número do meu amigo (agora aprendi a lição e já tenho). Conclusão: após caminhar durante uns 30 minutos até chegar aquela zona, andei 45 minutos meio perdido a ver se encontrava o bar. Num momento, quando dei por mim, estava no meio de Chinatown. Finalmente, lá encontrei o sítio. Mal entro, medo: o bar estava à pinha, cheio de gente mascarada. Como é que ia encontrar os meus amigos no meio daquela confusão?? Não precisei de andar muito até os encontrar (estavam junto ao balcão). De resto, foi uma noite muito animada, a ouvir alemão por todo o lado (o bar era alemão e eu era o único do grupo que não falava alemão) e a dançar também. Depois para casa, claro que não me ia perder!

Hoje está um lindo dia para estudar... para ver se a semana começa bem. Ah! Amanhã é feriado para estes lados (President's day), para compensar o facto de não haver carnaval por cá.

P.S.: tenho saudades de comer batatas (mesmo fritas, não tenho comido)

Passeio pela neve!?

Boas meus caros! Para começar, tenho andado muito ocupado nos últimos tempos e prevejo que as coisas continuem assim da mesma forma... Daí que é um pouco complicado parar para vos escrever, mas estou convicto que pelo menos uma vez por semana consigo.

Mais coisinhas... O tal almoço de Domingo foi bastante interessante. No meio de tanta comida e bebida, acabei a conversar com um ilustre desconhecido cujo pai foi ao mar na queda da ponte que ligava o Forte à Praia da Barra. A parte má do almoço foi ser tudo vermelho... A parte boa é que não há discursos nem momentos em que todos em conjunto gritam coisas ridículas. Se não fosse pelo espaço, nem parecia um almoço de benfiquistas. Ah... e terminei o dia com o congelador bem recheado de carne (de muitos tipos) e de algum peixe (hambúrgueres de salmão).

Pois mesmo! Hambúrgueres de salmão! Já comi 2 e, aparentemente, é apenas uma posta de salmão redonda (que vem temperada também). Parece que caí nas teias de um produto cuja principal função é meter a garotada a comer peixe. Enfim... mas é tão saboroso!!! Têm que provar um dia!

Que mais... esta semana foi a doer, com as primeiras entregas dos trabalhos de casa semanais. Assim continuará em todas as próximas semanas (eu não sou burro... agora tento fazê-los todos mal saem). Na noite de Terça para Quarta-feira nevou, pelo que fui pela manhã com a fotográfica tirar umas fotos a caminho da Universidade (na verdade, queria ir de autocarro, mas enganei-me nas horas). Deixo aqui 2 fotos, a primeira das quais na esquina ao lado do meu prédio.



Por falar em neve, parece que este Sábado (não sei se digo hoje ou amanhã) vai nevar muito por estas bandas. Pode ser que vos possa mostrar umas coisas giras. Que tal o meu primeiro boneco de neve??? Parece-me que não.. não tenho luvas.

Na Quinta-feira finalmente consegui apanhar o autocarro (a primeira vez hehehe à segunda tentativa), que deu para encurtar o tempo de viagem em 60%. Para quem não sabe, são uns lindos autocarros que a Universidade disponibiliza gratuitamente aos seus membros. De onde eu vivo só passam de manhã, de 30 em 30 minutos. Depois temos que regressar a pé. Enfim...
Mas depois entre a meia-noite e as 4 da matina há uns 5 ou 6 autocarros para regressar a casa, não vá a gente se perder.

Este dia teve outras coisas boas, das quais não me consigo lembrar...
Mas hoje foi um dia giro também. Realço a minha entrada no meal plan que pela quantia de 300 paus me dá direito a 50 refeições nos restaurantes da Universidade (ou cantinas, como queiram chamar). Mas não termina aqui! Curiosamente, as refeições regem-se pelo controverso conceito All you can eat! Assim, não há ginásio que aguente...! Ah! Os ginásios da Universidade são à borla para os estudantes (pois pois... vamos ver quantas vezes lá vou). Continuando com a comida, hoje foi lá jantar para testar o sistema. Não comi muito na verdade (uma sopa de nome cape cod, uma slice de pizza - como cá os portugueses costumam chamar lol, um pratito com frango e arroz e com feijão verde quase cru (bah!) e por sobremesa uma fatia de uma tarte qualquer). Nem sei como não comi mais com a fome que eu tinha.

Dito isto, uma palavra de desprezo aqueles que inundam o facebook com frases ou expressões que incluem a palavra "Férias" (isto para não falar no leitão!!). Nos tempos que correm, constituem nada mais que um incentivo a que esta bonita plataforma de comunicação comece a ficar inundada com palavras obscenas.

E agora fora de brincadeiras, quero também manifestar o meu pesar e enviar um forte abraço a todos aqueles a quem a partida do jovem rapaz João Miguel pesa no coração. Pessoalmente, não me recordo dele, nem tampouco me atrevo a imaginar o que estarão a Mariana e a Luciana a sentir. Especialmente para elas vai este abraço, para que as ajude a ultrapassar este mau momento (conto com todos vós também!).

Passeio pelo gelo

Hoje fui finalmente registar-me ao consulado. A partir de agora, passo a votar cá em Nova Iorque. Mas antes disso decidi fazer o caminho ao consulado a pé, ignorando o frio que estava (mais ou menos -3º) e aproveitei para conhecer o lindo(?) rio que passa pertíssimo de minha casa. Deve ser bem interessante andar por lá, mas certamente não com este frio. Além de mim só lá encontrei, quanto muito, uma ou 2 pessoas. No facebook coloquei algumas fotos. Apesar do frio, fui todo contente a tirar fotos até ficar sem pilhas. Quando cheguei às Nações Unidas, foi o desespero, porque nenhum par de pilhas estava a funcionar. Por milagre, um deles ainda deu qualquer coisa e consegui tirar estas fotos:


Depois, segui pela bela belíssima rua 42 (a da última foto) até chegar à quinta avenida, mais ou menos onde fica o consulado. Foi pena não ter tirado fotos, porque precisamente nessa rua está o Chrysler building, a Central Station, árvores iluminadas em frente aos hotéis e até um rato bem giro. Para não ter que fazer uma descrição do bicho, até porque não sou bom a fazer essas coisas, o google deu uma ajudinha. Depois do consolado, como não sou burro, enfiei-me para dentro do metro. Finalmente, tenho um mapa do metro!! Mesmo assim, continua a ser uma confusão para mim (foi a 2ª vez no metro). Também, pudera! Fazem estações com 8 linhas e como é que uma pessoa não se havia de perder?

Os dias continuam curtos

Boas minha gente! Passaram-se alguns dias desde o último relato que vos fiz, relativo ao dia 18, pelo que está mais que na hora de dar mais novidades.

As minhas ricas aulinhas começaram no dia 19. Para variar, cheguei ao departamento quase em cima da hora (não deu tempo para ir ao gabinete antes da aula), cheguei com a sala praticamente cheia (mas ainda consegui arranjar lugar) e lá começou a aula onde se estudou, por meio de equações com derivadas parciais, o comportamento do trânsito nas estradas e cuja principal conclusão é que os engarrafamentos repentinos são fenómenos que podem ocorrer de forma natural e não só devido a acidentes na estrada. Pelo meio das aulas deu para conhecer alguns colegas e hoje ainda continuo a conhecer pessoas novas. Há, de facto, muitos estudantes nas aulas que frequento.

Quanto ao meu gabinete, compartilho com mais dois estudantes dos estados unidos que, por acaso, são malta fixe. Além dos meus companheiros de gabinete, costumam lá estar mais pessoas que, por o nosso gabinete ser o que tem malta fixe, passam lá muito tempo a conversar connosco e a discutir problemas no quadro (sim, temos um quadro de giz enorme!!). Só há um inconveniente: o ar condicionado está com uma paranóia qualquer que ficou bloqueado no modo de frio e não conseguimos sequer desligá-lo. Estamos condenados porque o nosso gabinete está amaldiçoado. Só parece haver uma solução: cortar a luz ao edifício todo a ver se o ar pára de uma vez por todas.

Em relação à minha sobrevivência por cá, estou ainda vivo! Apesar de não ser estritamente necessário, vou muitas vezes às compras, nem que seja para comprar só uma coisa e ver os preços de todas as outras (normalmente vou mais para ver preços e no fim escolho alguma coisa para levar, por vezes contra a minha vontade). No outro dia, entrei por um supermercado pequeno a dentro e fiquei parvo porque só havia massas especiais e caras como o catano. Acabei por trazer 3 sacos de Ramen e continuo à espera de uma emergência para que um dia decida experimentar aquilo. Uma coisa boa: no dia seguinte descobri que pertíssimo de minha casa (num dos caminhos possíveis para a universidade) há um supermercado do estilo do Pingo Doce e com bons preços (para a cidade), o que é muito raro, porque normalmente só se encontra farmácias/drogarias ou outras lojas que vendem tudo menos comida fresca. Mesmo assim, por um saco de cenouras, 2 tomates (grandes) e 1 alface paguei 7 dólares. Em contrapartida, paguei só 3 dólares por um frasco de 450g de pimenta preta (e para outras especiarias é igual). Esse frasco vai durar seguramente para o doutoramento inteiro. Uma coisa gira: esse supermercado está aberto todos os dias até à meia-noite e há por aí muitas lojas abertas 24h por dia (excepto aos domingos). Uma dessas lojas é a Best Buy. Bem... nunca se sabe se alguma vez vou precisar desesperadamente de comprar um computador às 4 da manhã... Ao menos, é bom saber que posso fazer isso.

Agora a secção das fotos...
Esta é fresquinha: hoje de manhã nevou, mas acordei demasiado tarde para assistir. Fica esta foto, da janela do meu quarto, como registo:
Para terminar, deixo-vos uma foto de uma rua onde costumo passar a caminho da universidade:
P.S.: Agradeço imenso à Ana Rita e à Salomé pelo postal que me enviaram. Chegou às minhas mãos na passada sexta-feira. Ainda não lhes escrevi nada de volta porque ainda não tenho postais de cá, mas não desesperem. Pode não ter nada a ver, mas como elas me pediram, declaro que este post no meu blog novo foi escrito em honra delas, porque elas são tão queridas e tão fofinhas...
P.P.S.: Este domingo vou a um porco no espeto ao clube do benfica (bah!!) em Newark. Acreditem, vou só mesmo para comer (e para beber, que também deve haver por lá).
P.P.P.S.: Ah ganda BEIRA!!

Esse dia

Então ninguém perguntou pelo Grande dia?? Foi na segunda-feira que eu, a minha mãe, primas Ana e Sofia e o Flávio andámos a passear. Por ser dia 18, nada melhor que fazer uma visita ao único Santuário de Schoenstatt cá da zona. Aí vão algumas fotos:
Depois da visita, fomos atacar a Estátua da Liberdade (mas ficámos pela metade, já que não pagámos para subir até ao topo). Esta visita incluía também uma passagem pelo museu da imigração na Ellis Island e naturalmente umas agradáveis viagens de barco entre as ilhas. Quem quiser ver mais fotos, há algumas no facebook.
Saídos do Liberty State Park, fomos ainda dar uma volta a Jersey City, para logo regressarmos a casa. Com todo este programa de convívio e matança de saudades, bem que nos esquecemos de almoçar, pelo que assim que chegámos fomos lançados à cozinha. Jantámos todos juntos, com o prazer de ter o Flávio a preparar-nos a comida. Foi mesmo um prazer, não só pela comida como também por ver aquele homem da terra das couves a picar cebola mais rápido que qualquer máquina. Mais encontros destes se seguirão, certamente. Fim do dia, vim pra NYC, que o dia seguinte é de aulinhas.

E mais um fim-de-semana

Este foi agridoce... Por entre distracções e esquecimentos, passei a manhã de Sábado a ver desenhos animados (para aprender inglês, claro) e depois um cheirinho de bullriding. Num abrir e fechar de olhos, era já hora de visitar mais alguns primos que ia conhecer. A um animado jantar de bacalhau e frango e breve visita a uma colecção privada de veículos motorizados muito valiosos seguiu-se um agradável momento de convívio num bar a convite da prima Christen e com mais alguns amigos. Muito bom passar um serão a falar inglês...
No Domingo, mais um almoço de família, desta vez na casa da Sofia e com umas sagres bohemia. Foi muito bom, apesar de ter saído de lá cheio. No fim do dia, mais uma viagem a Nova Iorque com o tio Jacinto para levar mais tralha. Incluiu viagem pelos 2 túneis, grande passeio nocturno pela cidade e vistas espectaculares junto ao rio Hudson. Finalmente fiquei com uma luz decente no meu quarto (o meu quarto não tem lâmpadas, é tudo à base de candeeiros).
No fim, caminha pois segue-se um GRANDE DIA!

E depois...

Monday: Procrastination day.
Na terça-feira eis que, meio de surpresa, nos levaram para Atlantic City. Já na cidade, depois de uma pequena volta de carro para reconhecimento da zona, entrámos pelo casino Taj Mahal e fomos (mais ou menos) directos ao buffet. Foi nesse momento que comecei a ficar seriamente preocupado com as elevadas probabilidades de chegar a Portugal daqui a uns meses com uns quilos a mais. É que o sistema All you can eat é terrorismo psicológico para quem ao mesmo tempo gosta de comer pouco e poupar dinheiro. Depois de um passeio junto à praia para aconchegar a comida (também me doíam as costas de tanto comer), fomos para as máquinas. Depois de muita intimidade com as slot machines, a sorte sorriu mais nas máquinas de blackjack.
De volta à terrinha, uma pratada de sushi no Hibachi com um espectáculo de cozinha à nossa frente. Memorável!

Quarta-feira, New York city. Basicamente, dia para me tornar um pouco mais legal cá nos states, ligar para Lisboa a chatear a FCT, explicar à assistente de cá que é inútil chatear mais a FCT, que para eles é simplesmente impossível tratar dos papéis com rapidez, buscar o cartão para entrar no meu prédio e estar um bocado em casa a desfrutar do cheiro a fritos.
Quinta-feira, big day. Todo o meu dia foi ocupado com as mudanças para Nova Iorque. Coisa inédita: a minha dispensa nunca estará tão recheada como nesse dia. Os meus familiares têm sido tão solidários que posso dizer que até agora só gastei dinheiro a comprar o telemóvel, pois tudo o resto veio da ajuda deles. Aqui parece que o modelo Pay Forward está a funcionar em pleno.
Sexta-feira: fazer meia-dúzia de coisas em casa e no fim voltar à terrinha para jantar bacalhau e leitão em casa do tio Jacinto.
E passou mesmo rápido a semana...

Vista da janela do meu quarto em NYC

Primeiro fim-de-semana

Tenho andado very busy ultimamente, mas mesmo assim queria dar-vos um relato do meu primeiro fim-de-semana por estas bandas.
Começando por sexta-feira à noite (dia 8), dia de aniversário do David, fui com o seu grupo de amigos, a primeira e única vez até hoje nos Estados Unidos, para um club. Para quem não sabe, o ambiente nas discotecas desta zona é muito diferente daquele que estamos habituados em Portugal. Atrevo-me apenas a fazer referência ao estilo de música, que cá tem muitas influências do hip-hop. Quem quiser saber mais, claro está, tem que cá vir.
O dia seguinte foi dedicado a conhecer a família do meu tio Baltazar, principalmente a prima Susy (e sua família), que passaram o dia connosco, nos levaram a NYC de carro (onde estive a primeira vez na minha casa), a comer rodízio e às compras também. Foi o dia em que mais me chocou a quantidade de (bons) familiares que tenho para estes lados.
O Domingo resume-se a feijoada em casa (da Ana) com a família (irmãos, cunhados, sobrinhos...). Foi muito interessante na medida em que a comida era boa e deu para conhecer primos que até aí só de ouvir falar.

Finalmente por cá

Boas minha gente! Faz quase uma semana que cá estou, sem me dignar a postar qualquer coisa para a multidão de pessoas que me seguem. Na verdade, tem sido tudo um corropio, sempre a viajar, tratar de papeladas, fazer algumas compras, que não tem havido tempo para outras coisas igualmente importantes.
Para começar, a aventura começa logo com a viagem (dia 4), que ocorreu com mais de 7 horas de atraso, que não seria tão má não fossem os exagerados controlos de segurança aos quais os passageiros foram submetidos, nos quais tiveram todas as malas de mão completamente revistadas e o corpo igualmente, dos cabelos até ao interior dos sapatos. Enfim... completamente desumano. Por fim, fui calorosamente recebido na zona de Newark, na qual continuo ainda a viver. Apenas um grande desgosto: nenhum dos meus telemóveis portugueses funciona cá.
No dia seguinte, primeira vez em NYC. Tirando os problemas na ponte das linhas de comboio que ditaram grandes atrasos ao serviço do path, tudo correu bem na generalidade. Visitei apenas a zona pacata da minha universidade e tratei de tirar o cartão de estudante, preencher papelada para os impostos e ter um primeiro contacto com o departamento de matemática através da nossa magnífica e extremamente simpática assistente.
No dia 6, dia de conhecer um pouco melhor o departamento e criar uma conta bancária. O resto do dia foi a passear um pouco por midtown, donde destaco a passagem por Times Square. Infelizmente, não tenho ainda nenhuma foto no computador. No mesmo dia, comprei um telemóvel bem modesto para mim.
Sexta-feira, passei o dia fechado no gabinete e levantei as chaves do meu novo apartamento em NYC. Sobre o fim-de-semana, falo depois.
Destes 5 dias registo a adaptação a um país muito diferente, onde pagas o mesmo pelas chamadas que recebes como que efectuas, onde as bebidas alcoólicas só se vendem em lojas especiais (tipo farmácias), onde muita gente bebe corona, onde não se pode fumar dentro de bares e discotecas, onde as rádios passam sempre as mesmas 10 canções, onde cada cadeia de tv tem uns 20 canais, 10 dos quais passam a mesma coisa, onde quase todas as casas têm HDTV, onde nas portagens pagas em andamento atirando moedas para um funil enorme, onde podes ultrapassar quem queiras pelo lado direito, já que, se não é verdade, pelo menos parece que não é obrigatório circular na faixa mais à direita; se queres ir mais rápido que os outros carros, vais aos zigue-zagues. Muitas outras coisas invulgares se encontram por cá, é só uma questão de ir vendo por este país.
Nos próximos dias prometo algumas fotos.